terça-feira, 1 de março de 2016

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https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/02/21/Site-mapeia-e-desmente-boatos-sobre-a%C3%A7%C3%B5es-atribu%C3%ADdas-a-imigrantes


Site mapeia e desmente boatos sobre ações atribuídas a imigrantes




  • João Paulo Charleaux
  •  

 (atualizado 22/Fev 11h40)

Dupla alemã de Leipizig confronta notícias da imprensa com documentos policiais e informações das autoridades para mostrar erros, exageros e mentiras deliberadas na crise de refugiados na Europa



Site sobre boatos e imigração

FOTO: DIVULGAÇÃO/HOAX MAP


SITE DESENVOLVIDO POR ALEMÃS DESMENTE RUMORES SOBRE IMIGRANTES NA REDE


Só em 2015, a Alemanha recebeu mais de 1 milhão de pedidos de refúgio. Com a onda de imigração, cresceu também uma onda de boatos. Notícias de jornais amplificadas nas redes sociais atribuíam aos recém chegados crimes graves e comportamentos bizarros. Os rumores alimentaram campanhas nacionalistas e aumentaram o rechaço aos imigrantes.
Indignados com o alcance desses boatos e com o estrago provocado por eles, uma dupla da  cidade alemã de Leipizig decidiu, nas horas vagas, recolher os casos e checá-los, para saber o que há de verdade em cada um deles. Karolin Schwarz, de 30 anos, e Lutz Helm, de 35, lançaram o site Hoax Map (mapa de boatos) no dia 9 de fevereiro de 2016.
A plataforma é simples - apenas aponta sobre um mapa interativo do Google o local da ocorrência e, sobre ele, abre um balão com o rumor, o desmentido e os respectivos links. No dia seguinte à estreia, eles dizem ter recebido mais de mil e-mails e tuítes denunciado falsas notícias. Em apenas três dias, 44 acusações de assédio sexual atribuídas a imigrantes foram desmentidas.

De imprecisões a acusações grotescas#

FOTO: FABRIZIO BENSCH/REUTERS - 11.01.2016


Manifestantes pedem saída de imigrantes islâmicos

‘ISLÂMICOS NÃO SÃO BEM VINDOS’, DIZ CARTAZ DE MANIFESTANTES ALEMÃES EM LEIPZIG


Um dos casos apurados é o de uma menina de 13 anos que, ao chegar em casa com ferimentos no rosto, depois de ter passado 30 horas sem fazer contato com a família, disse ter sido raptada e violentadasexualmente por um grupo de imigrantes em Berlim. A própria menina acabou desmentindo a história mais tarde, mas sem a mesma repercussão que a denúncia original alcançou nas redes.
Além dos casos mais sérios, há também episódios que associam imigrantes a comportamentos bizarros e práticas excêntricas, como a falsa história de um cidadão muçulmano que lançou um vaso sanitário pela janela só porque um infiel havia usado o assento antes dele, ou a história sobre um grupo de refugiados que roubou, assou e comeu um cavalo inteiro em Heidelberg, cidade de 142 mil habitantes no sudoeste da Alemanha.
Há ainda episódios que ridicularizam refugiados, como o falso caso de um africano que cobrou da Prefeitura de Prien am Chiemsee 720 euros para ressarcir um alongamento capilar feito por razões religiosas. Ou relatos  que revelariam um falso conflito de valores, como as acusações de que imigrantes urinaram sobre lápides de um cemitério cristão.
A maior parte dos casos, entretanto, diz respeito a distorções sobre valores pagos em programas de assistência social, falsas denúncias de roubo e furto no comércio, rumores de que refugiados recebem telefones celulares gratuitos de prefeituras locais e outras narrativas distorcidas ou sem contexto.

Assédio sexual no Ano Novo#

FOTO: WALFGANG RATTAY/REUTERS - 10.01.2016

Polícia prende nacionalista

POLÍCIA ALEMÃ PRENDE MILITANTE NACIONALISTA EM PROTESTO CONTRA IMIGRAÇÃO


Uma das situações de maior repercussão ocorreu na virada do ano, quando a polícia da cidade alemã de Colônia disse ter recebido 1.054 queixas relacionadas a ataques cometidos por pessoas com aparência do “Norte da África ou árabe”. Do total de queixas, 600 estavam ligadas a assédio sexual.
Os episódios foram usados por críticos da política migratória alemã como uma prova de que refugiados árabes eram essencialmente inadaptados, por razões culturais e religiosas. Os crimes coincidiram com o aumento da entrada de refugiados sírios na Alemanha. Em setembro, chegaram em média 1.300 sírios por dia, pela fronteira com a Áustria.
Porém, os inquéritos revelaram mais tarde que apenas 3 dos 58 homens detidos sob suspeita de relação com os episódios eram refugiados do Iraque e da Síria. O restante era de 25 argelinos, 3 tunisianos e 21 marroquinos, além de 3 cidadãos alemães.
Veículos tradicionais, como o jornal americano “The New York Times” publicaram as denúncias na época com precaução: “Ainda não está claro se algum dos homens envolvidos estavam entre os que chegaram à Alemanha no último ano, [fugindo] de conflitos na Síria, no Iraque, no Afeganistão e em outros lugares”. Outras publicações, no entanto, deram destaque às acusações das vítimas, sem fazer ressalvas.






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Enviado por: "niem.migr" <NIEM.migr@gmail.com>
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