segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Notícias

VOCÊ FALA PORTUGUÊS?

Exame de proficiência em língua portuguesa para estrangeiros aprova 3.582.


A segunda edição deste ano do exame para obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), do Ministério da Educação, aprovou 3.582 candidatos, o que corresponde a 86,2% dos 4.154 inscritos. O certificado é aceito internacionalmente em empresas e instituições de ensino. No Brasil, é exigido pelas universidades para ingresso em cursos de graduação e em programas de pós-graduação.
O resultado foi divulgado hoje (20/12) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Dos candidatos aprovados, 43,2% conseguiram certificação no nível intermediário, 42,2% no intermediário superior, 13,3% no nível avançado e 1,3% foi aprovado na categoria avançado superior. O exame foi realizado em 21 postos aplicadores no Brasil e 48 no exterior, em outubro.
A avaliação do Celpe-Bras tem provas escrita e oral. A parte escrita inclui compreensão de áudio e leitura, com produção escrita. A parte oral é feita a partir de conversas baseadas em textos, fotos e cartuns. Os candidatos podem conferir os resultados da segunda edição do Celpe-Bras de 2013 em link na página do Inep na internet.
O exame é aplicado duas vezes por ano. Na primeira edição de 2013, que ocorreu em abril, quase 75% dos 3.972 inscritos foram aprovados. Em 2012, 77,2% dos 3.268 inscritos foram aprovados, e em 2011, 71,4% dos 2.735 inscritos obtiveram o certificado. De acordo com a pontuação obtida, o participante é classificado em quatro níveis de proficiência: intermediário, intermediário superior, avançado e avançado superior.
(JB – 20/12/2013)

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http://legalcity.es/2013/12/21/carta-de-un-inmigrante-a-sus-hijos-en-bolivia/


Carta de un inmigrante en Navidad a sus hijos

21 diciembre, 2013 @ 09:54
Autor: legalcity     (11.300 lecturas)
 
 

Mis hijitos queridos,

Serán estas las cuartas navidades que  mamá y papá volverán a estar sin ustedes en casa. Mamá y papá están lejos, muy lejos de ustedes, en un país que, como ya les ha contado la abuela, se llama España y que seguramente ya habréis ubicado en el mapa porque ya sé que les va muy bien en Geografía.
Niñitos míos, he visto las últimas fotos que me habéis enviado y están muy lindos, gracias a Dios.
Sé que cuando reciban esta cartica de mamá y papá os vaís a poner un poquito triste pero aún sois muy pequeños para entender por qué mamá y papá se han tenido que venir tan lejos. Quizás cuando seáis un poquito más grandes podáis entenderlo y hasta perdonarnos.
Cuando este 24de diciembre estén toditos reunidos en casa con la abuelita, las tías, los tíos y los primitos deberéis pensar que mamá y papá están junto a vuestro lado. Seguramente Papá Noel os traerá regalitos porque me ha dicho la abuela que os estáis portando muy bien y que estáis sacando muy buenas notas en el colegio. Pero nosotros les mandamos unos regalitos también que Papá Noel nos ha dejado aquí en España para ustedes.
Mis queridos hijitos, cuídense mucho y no se olviden de mamá y papá. Pensemos que muy prontito vamos a estar todos juntos.
Reciban un besito muy grande en la frente de quienes les quieren como a nada en el mundo,
Mamá y papá.

CARTA A LA ABUELA DE LOS NIÑOS
Querida madre,
Ahí le envío los regalitos que hemos conseguido para Marcos y Judit. Estamos seguros que les van a gustar mucho. Ay madre! Si supiera usted cómo les echamos de menos! Ya son cuatro años lejos de los niños, de usted y de toda la familia. Pero no tenemos otra opción si queremos un mejor futuro para nuestros hijos y para toda la familia.
Le envío además 150 euros para que puedan pasar estar Navidades  mejores que las del año pasado cuando no podíamos enviarle nada. En España las cosas están cada vez más difíciles.
Este año ya hemos cogido los papeles y si Dios quiere dentro de poco podremos traernos a los niños. Por los menos ya no somos ilegales y tenemos una bendita tarjeta que cuando nos para la Policía nos sirve, al menos, para que no nos lleven detenidos. Ya sé, madre, que me va a decir que cada año le digo lo mismo. Sé que es difícil para usted entender cómo funciona esto porque ni nosotros mismos lo entendemos. Pero me ha dicho mi abogado que podría ser posible traernos a los niños muy pronto.
Mi madre querida, no sabe usted cuánto extraño a mis hijitos, a usted y a toda la familia pero estoy segura de que usted sabrá entendernos. Usted es nuestra única esperanza para el entendimiento, usted que siempre nos dio todo lo que ha podido y que hoy cuida de mis hijitos.
No puedo engañarle ni usted puede engañarme a mi. Estoy segura que estará usted leyendo esta cartica encerrada en la habitación mientras los niños juegan fuera. Sé que estará llorando cuando lea esta carta. Madre, yo también lloro mientras le escribo. Juanito me pasa la mano por la cabeza con delicadeza y también seca mis lágrimas cuando le estoy escribiendo esta cartica ahora que son las 11 de la noche.
Cuando termine de escribirle esta cartica iremos a dormir porque los dos tenemos, como cada día, que despertarnos muy temprano; yo para ir a limpiar las casas de las señoras que tan amables me han dado trabajo y para llevar sus niños a los colegios. Después, como cada día, tengo que ir a cuidar a la madre anciana de una de las casas de las señoras donde trabajo. Y Juanito también tiene que madrugar porque trabaja en la construcción y empiezan a las 8 de la mañana.
No esté triste, madre mía. Piense que las cosas van a mejorar. Y cuando os reunáis todos en casa por Navidad pensad que os queremos mucho y que os llevamos a todos dentro de nuestros corazones. Denos su bendición en la cena de Navidad aunque estemos lejos.
Y quiero madre, que tampoco esté triste por lo que me contó en su última cartica. Usted no tiene culpa de nada, usted ha sido una madre muy buena y me ha dado todo hasta donde ha podido. Quizás por eso hoy estoy aquí, para poder darle un mejor futuro a mis hijitos.
Que Dios le bendiga, mi querida madre.

Carmen y Juanito.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

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18 de dezembro, Dia Internacional dos Imigrantes: Sonho e Direito não têm Fronteira!

O Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante/CDHIC, se pronuncia em referência ao que hoje representa o Dia Internacional do Imigrante:
Desde o ano de 1990, por ocasião da aprovação pela Organização das Nações Unidas/ONU, da Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros de suas Famílias, a data de 18 de Dezembro foi estabelecida como Dia Internacional dos Imigrantes. Segundo a ONU, a quantidade de pessoas que deixaram seus países de origem cresceu de 154 milhões em 1990, a 232 milhões este ano. Estes números demonstram por si só a enorme dimensão e a importância que possui o tema das migrações. Deve-se ter especial atenção às condições de vida dos imigrantes e suas famílias nos países em que decidiram viver, para onde se deslocaram por um motivo ou outro, e se estabeleceram como pessoas que sonham e correm atrás da dignidade e, sobretudo, da felicidade!
O Brasil é hoje reconhecido como o país líder da América do Sul, pelo seu crescimento econômico, mas também por ter desenvolvido nos últimos tempos uma política exterior ativa, no marco das relações Sul-Sul, promovendo o desenvolvimento econômico e social. As migrações são um fenômeno histórico que ganharam força nos últimos tempos. O Brasil foi primeiramente um país emissor de migrantes, mas hoje a tendência está se revertendo: não só os expatriados estão retornando, mas novos fluxos migratórios tem como alvo o Brasil, especialmente de países da região (Argentina, Equador, Paraguai, Bolívia, Peru) e de casos pontuais do Caribe (Haiti), países africanos (Congo, Mali, Senegal, Angola, Guiné- Bissau) e recentemente uma expressiva migração de refugiados sírios e libaneses.
Segundo o Departamento de Estrangeiros do MJ, até junho de 2011 o Brasil tinha 1,466 milhão de estrangeiros. Este número representa um aumento de quase 65% (aproximadamente 500 mil imigrantes) sobre o número de imigrantes registrados no Brasil até 2009.  Não há estatísticas oficiais sobre a quantidade de imigrantes em situação irregular no país, mas, conforme estimam as principais organizações que trabalham sobre o tema migratório no Brasil os irregulares chegam a 600 mil, o que levaria o total de estrangeiros morando hoje no Brasil para mais de dois milhões.
Feita esta introdução, vale destacar alguns fatos, embora tenham ambiguidades na aplicação: 
  • No plano regional, houve a adesão da maioria dos países da América do Sul ao Acordo de Livre Trânsito e Residência para Nacionais do Mercosul que estabelece os requisitos para a residência permanente e temporária, um avanço, mas com sérios entraves na prática diária, afetando principalmente alguns grupos como mulheres, adolescentes e trabalhadores imigrantes.  O Equador, um país marcado por ser de origem, trânsito e destino de imigrantes criou em 2007, a SENAMI – Secretaria Nacional de Imigração, contando inclusive com uma Ministra de Migração. A Argentina instituiu o programa Pátria Grande, com o qual regularizou a situação migratória de mais de 500 mil imigrantes em convênios países fora da UNASUL (União das Nações Sul-americanas de Nações), como Senegal e República Dominicana.
  • No plano nacional, infelizmente ainda vigora o Estatuto do Estrangeiro, da década de 70, baseado no controle policial do imigrante, que criminaliza a imigração e não dá acesso aos direitos básicos já alcançados pelos brasileiros (uma lei xenófoba que desrespeita os direitos humanos dos imigrantes e suas famílias). Prevalece a morosidade em sua revisão legislativa e formulação de uma política nacional, pois estamos desde 2005 sem avanços embora a Secretaria Nacional de Justiça ter se manifestado em Audiências e Seminários a favor de alterações e adequação deste marco legal, não se vê um indicativo que de esta mudança acontecerá. 
  • A falta de adequação do marco legal federal faz com que o imigrante continue tendo a Polícia Federal como responsável por todo seu atendimento, com evidente despreparo para questões civis, culturais, de direitos humanos, incapacidade numérica e técnica. Defendemos havia muitos anos a criação de um órgão civil, federal, capaz de desempenhar este papel e formular políticas para a área, acompanhado de descentralização dos serviços.  
  • Cabe ressaltar que a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de todos os Trabalhadores Migrantes e Membros de suas Famílias da ONU, ainda não foi ratificado pelo Governo do Brasileiro, apesar de inúmeras declarações favoráveis.
Alguns avanços, resultantes da luta organizada:
No ano 2013, nas diversas ações realizadas sobre a questão migratória no Brasil por parte das entidades, movimentos, grupos organizados e também por parte do Poder Público destacamos alguns avanços:
  • Exatamente um ano atrás, no dia 18 de dezembro de 2012, o Centro de Direitos Humanos e cidadania do Imigrante e o Instituto de Relações Internacionais da USP realizaram o Seminário “Por uma Política Municipal de Migração em defesa da Vida e da Dignidade dos Trabalhadores Imigrantes e suas Famílias”, com excelente participação de imigrantes. Duas propostas efetivas resultantes daquele encontro tornaram-se concretas: a criação da Coordenação de Políticas para Migrantes no âmbito da Prefeitura de São Paulo e a realização da I Conferência de Políticas para Imigrantes, realizada de 29/11 a 01/12.
  • Temas de extrema relevância ganharam destaque como é o caso da Educação, Acesso dos Imigrantes à Saúde Pública e atenção à questão de Gênero, crianças, e idosos, no contexto familiar dos imigrantes devem ser reconhecidos e priorizados. Salientamos que o papel da mulher migrante na construção e sua luta pelo seu espaço e reconhecimento tem se visto muito mais ativo principalmente nas organizações de base das comunidades migrantes em São Paulo.
  • É notório da sociedade brasileira expectativa pela cultura e pelas amostras artísticas diversificadas. Cabe ressaltar que o tema das migrações está adquirindo uma superação do “provincianismo” principalmente na cidade de São Paulo com a valorização cultural dos imigrantes, sua riqueza e diversidade exposta contribuindo para a integração dos povos.
  • A promoção dos espaços de participação cidadã, audiências públicas, debates e a visibilidade das reivindicações das comunidades ganharam força. Nessa linha, se destaca a Prefeitura de São Paulo que enfrentou a vulnerabilidade dos imigrantes com o Convênio com a Caixa Econômica, dando acesso a aberturas de contas e créditos.
  • A Conferência Municipal de Políticas para Imigrantes e a convocação da Comigrar – Conferencia Nacional de Migrações e Refúgio a ser realizada em 2014, são ações positivas de 2013, que respondem cobranças históricas das entidades e das mobilizações populares. Diálogos institucionais e os casos concretos de participação social, da possibilidade de integrar formalmente o inédito Conselho Participativo das Subprefeituras promovido pela Secretaria de Direitos Humanos do Município de São Paulo, por meio do voto, fortalecem a defesa dos direitos políticos dos imigrantes.
Campanha pela aprovação da PEC do direito ao voto do imigrante:
O ano de 2014 se projeta como um ano de participação ativa dos imigrantes na vida política e social do país. Por isso, se faz urgente articular a Campanha Permanente ‘Aqui Vivo, Aqui Voto’ - Pelos Direitos Políticos dos Imigrantes residentes no Brasil, pela aprovação da PEC – Proposta de Emenda Constitucional 347/2013, que permitirá o imigrante votar e ser votado nas eleições brasileiras, sendo assim, politicamente visível e terá condições de lutar por suas reivindicações. Esta Campanha precisa se fortalecer e ganhar adeptos!
Porém, 2013 deixou evidente que o Brasil precisa se definir e dar uma resposta à altura de sua projeção internacional à pergunta: “Qual política migratória pretende desenvolver?” “Qual paradigma quer seguir?”. Para tanto, nosso país não pode retroceder quantos aos avanços já obtidos nos últimos anos, seja pelo Conselho Nacional de Imigração – CNIg-MTE, por meio de resoluções e portarias, assim como o Comitê Nacional para os Refugiados – CONARE e o Departamento de Estrangeiros/SNJ, que mesmo sem a necessária reformulação do marco legal, têm dado respostas a fatos suscitados, com base em direitos humanos dos imigrantes, embora deixam no ar dúvidas ao entrelaçar uma parceria com OIM – Organização Internacional das Migrações, na preparação da Conferencia Nacional de Migrações e Refúgio/MJ. A OIM vem recebendo críticas de entidades e movimentos sociais de imigrantes em âmbito mundial, por suas relações com governos que mantém políticas repressivas.
Sonho e direito não têm fronteira!
Alterar a legislação, garantir direitos a todos e todas, descentralizar serviços públicos, enfim, garantir oportunidades aos imigrantes e suas famílias são formas de enfrentar preconceitos que em 2013 todos nós tivemos contato: Médicos de diversas nacionalidades, especialmente cubanos tiveram manifestações de xenofobia por parte de segmentos reacionários; a mídia corporativista e sensacionalista insistiu em tratar a vinda de haitianos pela região norte do país como uma “invasão” ou “uma grande epidemia”; pessoas de referência ou comentaristas de programas jornalísticos trataram da Bolívia com desconhecimento e discriminação – estes e outros exemplos podem ser enfrentados com muito mais força e prevenidos se o Brasil amadurecer uma política migratória que abandone velhos conceitos e aponte para o novo: nenhuma pessoa é ilegal!
 CDHIC – Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante 
Secretaria Técnica da Articulação Sul-americana Espaço Sem Fronteiras
Entidade membro do Comitê Internacional organizador do Fórum Social Mundial de Migrações






terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Notícias

IMIGRANTES INTEGRARÃO OS CONSELHOS PARTICIPATIVOS DE SP

Prefeitura faz eleição paralela para driblar regras do TSE que impedia a participação de estrangeiros.
Foi publicado no dia 30 de novembro, no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) que possibilita que imigrantes residentes na capital paulista possam integrar os Conselhos Participativos Municipais das subprefeituras. Os representantes estrangeiros poderão votar e ser votados para cadeiras de conselheiros extraordinários das administrações regionais em que mais de 0,5% da população tenha outra nacionalidade. Vinte das 32 regiões administrativas da cidade devem eleger representantes.
A medida dribla as exigência do Tribunal Regional Eleitoral – que irá ceder 10 mil urnas eletrônicas para a realização da eleição do domingo –, de que todos os participantes do pleito estivessem inscritos como eleitores. Como o Brasil é o único país da América do Sul que não dá direitos políticos aos imigrantes, eles não podem ser inscritos em zonas e ter título de eleitor, o que impedia que os cerca de 400 mil estrangeiros residentes na capital cumprissem a regra.
O processo eleitoral que escolherá os imigrantes, no entanto, será realizado pela secretaria Municipal de Relações Governamentais. Vinte e dois conselheiros devem ser eleitos. As regiões com população entre 0,5% e 1% de estrangeiros poderão eleger um representante; as que tiverem mais do que isso, dois. Segundo o secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili, apenas a Subprefeitura da Sé se enquadra nisso e deve eleger um par de conselheiros extraordinários.
A participação no Conselho era uma reivindicação dos imigrantes da cidade, que lutam por políticas públicas específicas e conquista de direitos políticos, dois dos principais temas que estão sendo discutidos na 1ª Conferência Municipal de Migrantes, que ocorre neste fim de semana, onde foi divulgado em primeira mão que o decreto havia sido assinado pelo prefeito no final da tarde de ontem.
Cada conselho participativo terá entre 19 e 53 pessoas, incluindo os representantes dos imigrantes. Todos os conselheiros terão mandatos de dois anos, não serão remunerados e terão a prerrogativa de fiscalizar a execução orçamentária e o cumprimento das metas para cada subprefeitura.
Desde o início de sua gestão, Haddad tem demonstrado interesse pela questão, ao criar uma coordenadoria específica para o assunto e incluir, em seu plano de metas, a elaboração de uma política municipal para imigrantes. Além disso, São Paulo deve engrossar uma campanha de mudanças na lei eleitoral para que os estrangeiros residentes no país possam participar de eleições.
Para a boliviana Mônica Rodriguez, uma provável candidata, a medida representa um grande avanço. “É só o primeiro passo para que o imigrante deixe de ser invisível”, acredita.
Para participar das eleições, os candidatos a conselheiros extraordinários terão que cumprir as mesmas regras que os brasileiros: ter mais de 18 anos, apresentar um comprovante de residência que ateste que reside na região da sub que quer representar, apresentar 100 assinaturas endossando a candidatura e um documento de identidade, que pode ser emitido no Brasil ou em seu país de origem. Para votar, os estrangeiros também têm de apresentar documento de identidade, comprovante de residência e assinar um documento garantindo que só irão votar em uma subprefeitura.
Gisele Brito
(Rede Brasil Atual – 30/11/2013)

Filmes, vídeos e livros

A BUSCA DAS ORIGENS

Encontros de família dão às pessoas uma melhor compreensão quanto às suas origens e a história dos seus antepassados.
Recentemente, a cidade de São Vendelino (RS) sediou o Encontro das Famílias Schauren e Zimmer. Os parentes foram recebidos a partir das oito horas, com café da manhã. Depois houve missa e apresentações. Ao meio dia, todos confraternizaram num churrasco.
Uma longa história
O imigrante alemão Michael Schauren, originário de Merl, no Vale do Rio Mosel, desembarcou em São Leopoldo no dia 28 de outubro de 1846, depois de três meses e 23 dias de viagem. Veio com sua mulher Gertrude Mentges e os filhos Michael, Johann e Franz Simon. A filha Susanna fez a longa viagem no ventre materno, vindo a nascer após a chegada no Brasil. A família estabeleceu-se na Picada Feliz (atual município de Feliz).
O imigrante Jakob Zimmer veio de Theley (região de Sankt Wendel). Ele e sua mulher Maria Lermen e os filhos Johannes, Peter, Cathairna, Jakob e Maria chegaram em 1854 e igualmente se estabeleceram na Picada Feliz.
A união das famílias Schauren e Zimmer se deu através do casamento de Johannes Zimmer com Susanna Schauren. Dos demais filhos dos dois casais de imigrantes, Franz Simon Schauren casou com Maria Rempel, tendo morado na Picada Feliz e depois em Arroio do Meio; Peter Zimmer casou Bárbara Siveris e moraram em Alto Feliz; Catharina Zimmer casou com Mathias Schneider, tendo morado em Bom Princípio; Jakob Zimmer Filho casou com Maria Freiberger e, em segundas núpcias, com Josephina Dellaloye, tendo residido em Alto Feliz; Maria Zimmer casou com Miguel Zimmer, filho de Nicolau Zimmer e Elisabeth Classen, estes oriundos de Mörsdorf – Luxemburgo. Residiram no Forromeco. Todos estes casais deixaram numerosa descendência.
Desde 1867
Foi em São Vendelino que se estabeleceu o casal Johannes Zimmer e Susanna Schauren no ano de 1867. “Hannes” Zimmer logo iniciou a construção de um moinho para atender a necessidade de moagem de grãos da comunidade de São Vendelino, na época chamada Colônia de Santa Maria da Soledade. Com muito trabalho, ele prosperou com os negócios do moinho e construiu também uma serraria e um alambique.
A casa
Em 1882, com a ajuda do cunhado e mestre de obra Franz Simon Schauren, Johannes Zimmer construiu uma casa de pedra grês (mais conhecida por pedra de areia). Essa casa ainda existe hoje, tendo sido recuperada pela atual proprietária Noeli Birk.
A casa ainda mantém algumas peças antigas, como uma pia de cozinha, esculpida num enorme bloco de pedra grês, bem como as madeiras da época. Lamentavelmente as paredes de pedra foram rebocadas, perdendo a casa sua característica original.
Ela fica a dois quilômetros do centro de São Vendelino, próximo da entrada para a Linha Santa Clara, onde funciona um camping, junto ao Arroio Forromeco.
Livro
No encontro esteve a venda o livro A BUSCA DAS ORIGENS, de autoria de Décio Aloísio Schauren, que conta a história das famílias Schauren e Zimmer desde remotos tempos da Alemanha até a atualidade.
No livro, o autor procura jogar luzes sobre o contexto histórico dos ancestrais, destacando as influências dos celtas, romanos e francos, cuja miscigenação étnica constitui a gênese da grande maioria dos imigrantes alemães que vieram para o Rio Grande do Sul.
Relata os tempos difíceis da Idade Média em que os antepassados, artesãos e camponeses, foram oprimidos pelo sistema social feudal, sem o mínimo acesso aos direitos básicos, tendo sua vida determinada pela Igreja Católica. Assim como o advento da Revolução Francesa que criou as condições para que se tornassem homens livres e donos das glebas que cultivavam.
As guerras se constituíram em visitantes permanentes nas regiões próximo às fronteiras entre a Alemanha e a França, marcando os antepassados dos imigrantes de forma profunda.
“Naquela constante luta pela sobrevivência forjaram-se homens operosos e determinados que, diante da falta de perspectivas em sua terra, ousaram buscar uma nova pátria para construir uma vida nova”, diz Décio Schauren.
Renato Klein
(Fato Novo – 22/11/2013)