Camaronês é jogado em alto mar, após ser descoberto em navio
Fonte: Gazeta do Povo
Tripulação está em liberdade vigiada em Paranaguá, impedida de deixar a cidade. Caso é investigado pelo MPF e pela PF
Um camaronês que entrou clandestinamente em um navio de bandeira maltesa e de tripulação turca foi jogado à deriva, a 8 milhas náuticas da costa brasileira. Antes de ter sido expulso da embarcação, ele teria sido torturado e sofrido ofensas racistas. A vítima foi resgatada por um navio que vinha do Chile e trazido a Paranaguá, no litoral do Paraná. O caso é investigado peloMinistério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) da cidade.
De acordo com nota divulgada nesta quinta-feira (26) pela Procuradoria da República do Estado do Paraná (PRPR), a vítima embarcou no navio clandestinamente em Porto de Douala, em Camarões. Em depoimento, ele relatou que ficou escondido na embarcação por oito dias, até que sua água e comida se acabaram. O camaronês afirma que, assim que foi descoberto, foi agredido com tapas no rosto e chutes no peito, até desmaiar. Ele contou que um dos agressores dizia que “não gostava de preto” e que “todos eram animais”. A vítima disse ter sido mantida em uma cabine de 2 x 3 metros e que era impedido de dormir.
Após 11 dias no navio, segundo o depoimento, o camaronês teria sido expulso do navio. Os tripulantes teriam dado a ele uma lanterna e 150 euros. Ele foi obrigado a deixar a embarcação em um pallet (estrutura de madeira usada no transporte de cargas), no qual permaneceu à deriva por 11 horas, até ser resgatado por outro navio.
Buscas
Toda a tripulação do navio está em Paranaguá e em liberdade vigiada, proibida de deixar a cidade, onde permanece sob vigilância da agência marítima. Segundo a PRPR, o MPF está acompanhando as investigações diretamente, afim de garantir plenamente os direitos constitucionais, tanto da suposta vítima, quanto da tripulação sob investigação. Assim que o inquérito for concluído, o MPF verificará se oferece ou não denúncia contra a tripulação do navio.
Segundo nota da PRPR, a tripulação do navio chegou a negar que tenha havido um clandestino a bordo, entretanto, em buscas realizadas pelo MPF e autorizadas pela Justiça, foi encontrada uma fotografia que o camaronês teria escondido para comprovar que esteve na embarcação. Os promotores também constataram que a descrição de detalhes do navio feita pela vítima era compatível com as instalações.
Tripulação está em liberdade vigiada em Paranaguá, impedida de deixar a cidade. Caso é investigado pelo MPF e pela PF
Um camaronês que entrou clandestinamente em um navio de bandeira maltesa e de tripulação turca foi jogado à deriva, a 8 milhas náuticas da costa brasileira. Antes de ter sido expulso da embarcação, ele teria sido torturado e sofrido ofensas racistas. A vítima foi resgatada por um navio que vinha do Chile e trazido a Paranaguá, no litoral do Paraná. O caso é investigado peloMinistério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) da cidade.
De acordo com nota divulgada nesta quinta-feira (26) pela Procuradoria da República do Estado do Paraná (PRPR), a vítima embarcou no navio clandestinamente em Porto de Douala, em Camarões. Em depoimento, ele relatou que ficou escondido na embarcação por oito dias, até que sua água e comida se acabaram. O camaronês afirma que, assim que foi descoberto, foi agredido com tapas no rosto e chutes no peito, até desmaiar. Ele contou que um dos agressores dizia que “não gostava de preto” e que “todos eram animais”. A vítima disse ter sido mantida em uma cabine de 2 x 3 metros e que era impedido de dormir.
Após 11 dias no navio, segundo o depoimento, o camaronês teria sido expulso do navio. Os tripulantes teriam dado a ele uma lanterna e 150 euros. Ele foi obrigado a deixar a embarcação em um pallet (estrutura de madeira usada no transporte de cargas), no qual permaneceu à deriva por 11 horas, até ser resgatado por outro navio.
Buscas
Toda a tripulação do navio está em Paranaguá e em liberdade vigiada, proibida de deixar a cidade, onde permanece sob vigilância da agência marítima. Segundo a PRPR, o MPF está acompanhando as investigações diretamente, afim de garantir plenamente os direitos constitucionais, tanto da suposta vítima, quanto da tripulação sob investigação. Assim que o inquérito for concluído, o MPF verificará se oferece ou não denúncia contra a tripulação do navio.
Segundo nota da PRPR, a tripulação do navio chegou a negar que tenha havido um clandestino a bordo, entretanto, em buscas realizadas pelo MPF e autorizadas pela Justiça, foi encontrada uma fotografia que o camaronês teria escondido para comprovar que esteve na embarcação. Os promotores também constataram que a descrição de detalhes do navio feita pela vítima era compatível com as instalações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário