01 Aug
Brasil: país de imigração?
O crescimento e a estabilidade econômica do
Brasil têm atraído imigrantes de todo mundo. Em 2011, o Ministério da Justiça
registrou 1,466 milhão de estrangeiros regulares vivendo no país. Em 2010, eram
961 mil. Nesse contexto, qual tem sido a solução do governo brasileiro frente às
novas demandas e aos novos conflitos? No artigo “Brasil: país de imigração?”,
destaque da edição nº 09 da revista eletrônica e-metropolis, Neide Lopes Patarra
(Unicamp) argumenta que a posição oficial carrega traços seletivos, com
discriminação e xenofobia frente a alguns grupos de migrantes.
O artigo “Brasil: país da imigração?”, da
professora Neide Lopes Patarra, livre docente do Departamento de Sociologia do
IFCH/Unicamp e pesquisadora titular da ENCE/IBGE, é um destaques da edição nº 09
da revista eletrônica e-metropolis, publicação trimestral
editada por alunos de pós-graduação de programas vinculados ao INCT Observatório
das Metrópoles. A revista e-metropolis tem como objetivo suscitar o debate e
incentivar a divulgação de trabalhos, ensaios, resenhas, resultados parciais de
pesquisas e propostas teórico-metodológicas relacionados à dinâmica da vida
urbana contemporânea e áreas afins.
Logo no início do trabalho, Patarra afirma que o
tema da “migração” estará presente em quase todo o território brasileiro, e
tomará conta de debates nos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) e
nas instituições afins; enfrentando a pressão das demandas de grupos sociais
organizados e de ONGs, nacionais e internacionais, que batalham pela abertura
das portas aos imigrantes pobres e vitimas de catástrofes sociais e/ou climáticas.
Nesse sentido, discutir as “políticas migratórias” no Brasil tem se tornado
imperativo. A grande imprensa, revistas, trabalhos acadêmicos, redes sociais,
blogs, websites oficiais do governo, e vários outros meios de comunicação já
estão repletos de reportagens, comunicados, divulgações e todo tipo de
documentação voltada para o tema.
No artigo, a docente traça um breve resumo da
imigração histórica no Brasil de 1890 a 2010; além disso, discute as trocas
migratórias entre Brasil e países da América Latina; a emigração de brasileiros
para a Guiana Francesa; a chamada “migração qualificada” resultado do
crescimento econômico brasileiro nos últimos anos; como ainda os casos de
anistias, as políticas de governança das imigrações contemporâneas e o caso do
Haiti.
Neide Lopes Patarra conclui que o momento atual é
de reforço e sedimentação da imagem de país de imigração. Políticas, decretos,
regulamentações etc. voltam-se à fixação, ampliação da participação de
estrangeiros no país: anistia, aumento de autorizações de trabalho,
aumento da cobertura de refugiados, apoio à migração de retorno de brasileiros,
etc. E tudo isso possivelmente mais por interesses políticos do que econômicos:
liderança regional e internacional, inserção nos organismos internacionais da
globalização.
Para ler o artigo completo “Brasil: país da
imigração?”, acesse a edição nº 09 da revista e-metropolis aqui.
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