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Sírios no Brasil criam rede de apoio a refugiados
Fonte: BBC Brasil
Por Rodrigo Durão Coelho
A comunidade síria em São Paulo vem se organizando para receber compatriotas que fogem da violência que atinge o país desde o ano passado.
“Ajudamos com moradia, remédios ou mesmo orientação”, disse à BBC Brasil Amer Masarani, de 41 anos, que é responsável pela página no Facebook da Coordenação da Revolução Síria no Brasil.
Segundo o Conare, o Comitê Nacional para os Refugiados, o Brasil recebeu 58 pedidos de asilo político desde o início do conflito sírio, em março de 2011. “O governo brasileiro vem recebendo bem, ajudando essas pessoas a conseguir status de refugiados de guerra, mas uma vez conseguido isso, acaba o vínculo”, diz Masarani. “E é complicado para uma pessoa que chega da Síria ao Brasil ‘se virar’, sem falar o idioma ou conhecer a cultura. Por isso ajudamos.” Masarani diz que o grupo já ajudou algumas dezenas de pessoas que fugiram da violência em seu país, arranjando empregos de motorista ou zelador.
Mesmo reconhecendo que o Brasil vem facilitando a vida dos sírios que chegam ao território nacional, Amer gostaria que o país adotasse uma postura mais dura em relação ao governo de Bashar al-Assad na Síria. “Em determinado momento, o Brasil condenou a Síria, mas retirou a acusação”, diz ele. Morador de São Paulo há mais de 10 anos, Amer diz temer represálias contra parentes seus que moram na Síria por conta de sua atuação no Brasil. “Eu nunca havia me interessado por política antes, mas senti que devia me envolver.” “Tenho uma irmã e dois sobrinhos por lá, mas não sei se estão vivos ou não. Há mais de um mês não falo com eles, ninguém atende o telefone”, diz ele.
Por Rodrigo Durão Coelho
A comunidade síria em São Paulo vem se organizando para receber compatriotas que fogem da violência que atinge o país desde o ano passado.
“Ajudamos com moradia, remédios ou mesmo orientação”, disse à BBC Brasil Amer Masarani, de 41 anos, que é responsável pela página no Facebook da Coordenação da Revolução Síria no Brasil.
Segundo o Conare, o Comitê Nacional para os Refugiados, o Brasil recebeu 58 pedidos de asilo político desde o início do conflito sírio, em março de 2011. “O governo brasileiro vem recebendo bem, ajudando essas pessoas a conseguir status de refugiados de guerra, mas uma vez conseguido isso, acaba o vínculo”, diz Masarani. “E é complicado para uma pessoa que chega da Síria ao Brasil ‘se virar’, sem falar o idioma ou conhecer a cultura. Por isso ajudamos.” Masarani diz que o grupo já ajudou algumas dezenas de pessoas que fugiram da violência em seu país, arranjando empregos de motorista ou zelador.
Mesmo reconhecendo que o Brasil vem facilitando a vida dos sírios que chegam ao território nacional, Amer gostaria que o país adotasse uma postura mais dura em relação ao governo de Bashar al-Assad na Síria. “Em determinado momento, o Brasil condenou a Síria, mas retirou a acusação”, diz ele. Morador de São Paulo há mais de 10 anos, Amer diz temer represálias contra parentes seus que moram na Síria por conta de sua atuação no Brasil. “Eu nunca havia me interessado por política antes, mas senti que devia me envolver.” “Tenho uma irmã e dois sobrinhos por lá, mas não sei se estão vivos ou não. Há mais de um mês não falo com eles, ninguém atende o telefone”, diz ele.
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