Senegaleses refugiados em Santa Cruz poderão trabalhar e morar provisoriamente no Brasil
Conare emitiu parecer favorável nesta quinta-feira e trio precisa agora formalizar emprego
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Refugiados do Senegal vão para o Albergue de Santa Cruz
ATUALIZADO ÀS 17h51
O trio de senegaleses que está em Santa Cruz do Sul desde o último dia 6 recebeu parecer provisório favorável do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e poderá residir e trabalhar em Santa Cruz do Sul. Damie Diene Faye, de 21 anos, Malick Diouf, de 29, e Mustapha Beye, de 33, estão no Albergue Municipal há uma semana e pedem refúgio no Brasil alegando perseguição política na África.
Damie e Malick vieram para o Brasil clandestinamente em um navio e desembarcaram provavelmente no Porto de Rio Grande há cerca de um mês. Mustapha veio de avião, mas o visto de turista já venceu.
O documento provisório - que permite a eles a confecção de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) também proviórias - será emitido pelo Núcelo de Imigração da Polícia Federal de Santa Cruz imediatamente. "A resposta do Conare foi afirmativa aos três neste primeiro momento. Isso, no entanto, não significa que eles serão aceitos legalmente. A partir de agora, cada caso será analisado separadamente", adverte o agente Bernardo Caldas Rossi, responsável pela imigração na PF da cidade e que acompanha o caso desde o primeiro dia.
A partir de agora, de três em três meses, o trio precisará prestar contas sobre a situação no Brasil aos agentes da PF de Santa Cruz. Daqui eles repassarão as informações a Brasília. "Os senegaleses receberão amanhã o protocolo de pedido de refúgio autorizando a residência provisória no Brasil, podendo também obter CPTS provisória com este documento. Eles deverão a cada 90 dias apresentarem-se na Delegacia de Santa Cruz para renovar o protocolo e informar endereço e telefone atualizados. Por ocasião de cada renovação será feito consulta ao Conare para verificar se o comitê já se posicionou definitivamente sobre a aceitação ou não dos senegaleses como refugiados no Brasil", explica a agente Jaqueline Kronhardt, também responsável pelo Núcelo de Imigração da PF em Santa Cruz.
Apenas o colegiado do Conare, pode decidir definitivamente pela concessão legal ou não de refúgio no Brasil a pessoas naturais de outros países que estejam em situação de risco. Caso sejam acolhidos pelo órgão federal, o documento final pode levar um ano para sair. "O Conare fará agora uma investigação com auxílio da ONU para definir a situação deles".
TRIO PRECISA CONSEGUIR ABRIGO E TRABALHO O QUANTO ANTES
Como estão regularizados provisioriamente no Páis, Damie, Malick e Mustapha Beye não poderão mais permanecer no Albergue de Santa Cruz. A partir de agora, eles precisam conseguir um trabalho para se sustentar e um local para morar. "Quem tiver interesse em contar com a mão de obra deles ou de conhecer o caso deve entrar em contato com eles o quanto antes. Dentro de alguns dias eles não poderão mais permanecer abrigados ali", explica Rossi.
No final da semana passada, um empresário de uma empresa que trabalha com consertos hidráulicos procurou o albergue para fazer um contato preliminar e oferecer um trabalho aos senegaleses. Segundo Damie, o mais jovem do trio, a intenção deles é fixar residência no Brasil. O trio perdeu os familiares em função de conflitos políticos na África. "Queremos apenas um local para trabalhar. Se alguém puder nos ajudar, ficaremos muito felizes. No Senegal somos perseguidos. Eu perdi toda minha família, que foi morta por ser de um partido de oposição", contou ele.
Após perder os familiares, Damie conta que resolveu fugir do país imediatamente. "Entrei num navio e não sabia qual era o destino. Quando desembarcamos ninguém percebeu que não éramos passageiros ou da tripulção. Então começamos a procurar emprego e acabamos procurando a polícia aqui em Santa Cruz", relata.
No Senegal, antes de abandonarem o país, Malick trabalhava com chapeação de carros, Mustapha era motorista particular e Damie era estudante.
O trio de senegaleses que está em Santa Cruz do Sul desde o último dia 6 recebeu parecer provisório favorável do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e poderá residir e trabalhar em Santa Cruz do Sul. Damie Diene Faye, de 21 anos, Malick Diouf, de 29, e Mustapha Beye, de 33, estão no Albergue Municipal há uma semana e pedem refúgio no Brasil alegando perseguição política na África.
Damie e Malick vieram para o Brasil clandestinamente em um navio e desembarcaram provavelmente no Porto de Rio Grande há cerca de um mês. Mustapha veio de avião, mas o visto de turista já venceu.
O documento provisório - que permite a eles a confecção de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) também proviórias - será emitido pelo Núcelo de Imigração da Polícia Federal de Santa Cruz imediatamente. "A resposta do Conare foi afirmativa aos três neste primeiro momento. Isso, no entanto, não significa que eles serão aceitos legalmente. A partir de agora, cada caso será analisado separadamente", adverte o agente Bernardo Caldas Rossi, responsável pela imigração na PF da cidade e que acompanha o caso desde o primeiro dia.
A partir de agora, de três em três meses, o trio precisará prestar contas sobre a situação no Brasil aos agentes da PF de Santa Cruz. Daqui eles repassarão as informações a Brasília. "Os senegaleses receberão amanhã o protocolo de pedido de refúgio autorizando a residência provisória no Brasil, podendo também obter CPTS provisória com este documento. Eles deverão a cada 90 dias apresentarem-se na Delegacia de Santa Cruz para renovar o protocolo e informar endereço e telefone atualizados. Por ocasião de cada renovação será feito consulta ao Conare para verificar se o comitê já se posicionou definitivamente sobre a aceitação ou não dos senegaleses como refugiados no Brasil", explica a agente Jaqueline Kronhardt, também responsável pelo Núcelo de Imigração da PF em Santa Cruz.
Apenas o colegiado do Conare, pode decidir definitivamente pela concessão legal ou não de refúgio no Brasil a pessoas naturais de outros países que estejam em situação de risco. Caso sejam acolhidos pelo órgão federal, o documento final pode levar um ano para sair. "O Conare fará agora uma investigação com auxílio da ONU para definir a situação deles".
TRIO PRECISA CONSEGUIR ABRIGO E TRABALHO O QUANTO ANTES
Como estão regularizados provisioriamente no Páis, Damie, Malick e Mustapha Beye não poderão mais permanecer no Albergue de Santa Cruz. A partir de agora, eles precisam conseguir um trabalho para se sustentar e um local para morar. "Quem tiver interesse em contar com a mão de obra deles ou de conhecer o caso deve entrar em contato com eles o quanto antes. Dentro de alguns dias eles não poderão mais permanecer abrigados ali", explica Rossi.
No final da semana passada, um empresário de uma empresa que trabalha com consertos hidráulicos procurou o albergue para fazer um contato preliminar e oferecer um trabalho aos senegaleses. Segundo Damie, o mais jovem do trio, a intenção deles é fixar residência no Brasil. O trio perdeu os familiares em função de conflitos políticos na África. "Queremos apenas um local para trabalhar. Se alguém puder nos ajudar, ficaremos muito felizes. No Senegal somos perseguidos. Eu perdi toda minha família, que foi morta por ser de um partido de oposição", contou ele.
Após perder os familiares, Damie conta que resolveu fugir do país imediatamente. "Entrei num navio e não sabia qual era o destino. Quando desembarcamos ninguém percebeu que não éramos passageiros ou da tripulção. Então começamos a procurar emprego e acabamos procurando a polícia aqui em Santa Cruz", relata.
No Senegal, antes de abandonarem o país, Malick trabalhava com chapeação de carros, Mustapha era motorista particular e Damie era estudante.
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